sábado, 17 de março de 2012

Meu netinho Mateus

Que menino espertinho
Que fala tudo certinho
Enrola a língua direitinho
E fala como um matraquinha.

Hum... mais gosta também de traquinagem...
Jogar objeto pela janela, era sua especialidade
Jogar o celular de sua mãe no vaso sanitário era outra prioridade
Para ele não havia barragem que o fizesse parar de traquinar
Em uma folha de plástico ou tampinha de garrafa
Ele “jaz¨ escorregava pelo chão
Com as mãozinhas esticadas
Girava pra lá e pra cá
Confiante sorrindo ele falava
Olha o meu skate!
Com seu velotrol corria pelo jardim
Pedalando sem parar...
Concentradíssimo ele falava:
Viu?Gosto de dirigir, também estacionar!
 
Com seu tio no carro, gostava de passear
Colocava as mãozinhas no volante
Começava a buzinar...fom...fom!...
Com os bracinhos na janela a todos cumprimentava
Erguia a mão esquerda e acenava
Muito feliz ele dizia:olá, como vai, tudo bem!?!

Ao lado de seu computadorzinho começava a cantar...
“Agora posso até cantar...Agora posso até cantar!”
Era de sua autoria...
Pegava um objeto e o fazia de microfone, cantava... dançava e rebolava
Enrolava a lingüinha, levantava as mãozinhas e sorrindo dizia:
Sou agora o cantor Michael Jackson

Um dia eu o vi entrar no baú de brinquedos e dentro dele colocar:
Volante, marcha, buzina, chave e retrovisor...
E começava a dirigir, fazendo um barulhinho
Semelhante a um motor...
Logo... saia para urinar, fechando o olhinho esquerdo
Bem baixinho ele falava: “meu xixi esta dizendo alguma coisa comigo:”
Escuta: hei amigo, cuidado para não urinar no chão!!
Que bela imaginação! E realmente um menino prodígio e muito versátil
Sabe quanto anos ele tinha na época?  Dois anos e alguns meses...

“VOZ INAUDÍVEL”

Quando me vi sendo cortada
Nos fundos de um quintal
Senti... a cada machadada
Muito mais...quando o golpe foi fatal


-Por favor... não me corte não!

Quando na verdade fui ao chão
Algo dentro de mim desmoronou
Supliquei... mas... tudo foi em vão!
Não dou frutos ... mas, minha sombra
Com orgulho eu lhe dou...

- Por favor não me corte não!

Sou como berço para os pássaros
Seus ninhos são feitos em mim
Seus filhotes cantam felizes e fazem coros
Mas...me cortam mesmo assim...

-Por favor não me corte não!

Minhas lágrimas escorrem pelo tronco
Meu caule molhando a terra.
E o líquido branco que derramo
É meu manto cobrindo o chão
É minha dor...dessa eterna ingratidão


-Por favor...Não me corte não!
"Essa é a voz de uma árvore"

AIROLG.   
 Aconteceu aqui no meu quintal. E quem foram os autores?
Dois homens.
E quem são?
AH...Isso eu não conto não!! 

“Último dia do carnaval”22-02-2012 Terça_feira



“O acampamento”
Meu filho, nora e seu filho Bernardo, Foram acampar, levando com eles, meus netos, e bisneto. Cada um levando sua respectiva barraca; levando também, alguns entretenimentos como:computadores, celulares etc.
Tudo bem... Lá se foram eles, a procura de um notável lugar... Depois de muito procurar, avistaram um excelente e impressionante lugar; onde havia muita água e água não podia jamais faltar...
As crianças, ao ver o dito lugar, gritaram de felicidade: “ Oba! Uma cachoeira!
Outro exclamou: O Quê? Cachoeira? Onde?
Que lugar maravilhoso! Podemos brincar e nadar...
Meu filho empolgado com o lugar, pegou a enxada e começou a capinar o lugar escolhido. E olha, que lugar encantador! É aqui que vamos acampar; gritou ele!
Começaram a edificar suas barracas; uma perto da outra,para evitar alguma eventualidade. Ao lado das mesmas, um lampião.
As crianças, brincavam de joguinhos e outros corriam em volta das barracas, até ao anoitecer...
Anoiteceu...Os pirilampos começaram à aparecer, assanhados piscavam à todo instante; parecia que queriam dizer: “Olá, aqui é o nosso lugar! Não pareciam intimidados com tanta criança, invadindo o seu espaço... As crianças encantados com as luzes dos bichinhos ; acendendo e apagando suas lanterninhas, quiseram também mostrar suas habilidades; acendendo e apagando suas lanternas, fazendo malabarismo,como quisessem também dizer: “Viu...também sabemos fazer mágicas!! Não contavam com nossa astúcia!
Mas... quando tudo se apagou de vez, o escuro tomou conta de todo ambiente... Nossa! O medo apoderou-se do espaço. Ninguém mais quis abrir o fechecler das barracas.
Alguém gritou lá dos fundos: “Que experiência fantástica!” Mateus com uma voz embaraçada soltou essa: “Que maneiro! É hora dos bichinhos da noite transitarem por entre as barracas!” Nesse momento, o silêncio foi total... mesmo assim, alguém ousou disser com uma voz amedrontada: “ Vire essa boca pra lá! Mas, pensando bem, não deixa de ser uma experiência Fantástica!”
Além das estrelas e o luar que iluminavam o ambiente, havia a Andréia que monitorava o acampamento a todo instante, com sua lanterna na mão.
Depois... só se ouvia o barulho das folhas secas no chão e as folhas que esbarravam nos troncos das árvores, que oscilavam sem parar; fazendo aquele barulhinho sinistro que dava medo.  Bem perto das barracas, ouvia-se passos de animais. ..  Animais? Quais? Onças?Coiotes? Lobos? Meu Deus! Que horror! Não pode ser... Coiotes aqui, no nosso acampamento? Mais uma vez o medo atingiu todos nós. .. De repente...eu deitada na rede,ouvi um barulho semelhante a um tiro: “PUM! Eu me perguntei: Um tiro aqui? Comecei a sair devagarzinho da rede e no esforço que fiz, ruiu a rede ; arrebentando-a fazendo um ruído assim: ClicccCliccc e eu caí ... batendo com as nádegas no chão e esfolando meu braço esquerdo. Só me faltava essa agora! Eu havia me esquecido, de entrar na barraca que ficou a noite inteira vazia.
Bem... Felipe dormia a noite toda. Não se incomodou com os ruídos...  Camila ficou nos joguinhos até tarde também não se importou.
A Andréia, para incomodar e tirar o sono de todos.; quando tudo se aquietava, ela gritava: “Olha ai gente! E punha o celular para atormentar: São exatamente doze horas. É hora de levantar. Alguém lamentava: “Eu quero dormir É muito cedo!!
E eu falava um pouco chateada: Pare com isso ! É muito tarde para gritar assim.
Ela respondia rindo: “É carnaval ,que mal há nisso? Vamos bagunçar, a noite é uma criança!!  Nesse ínterim... outro barulho se fez ouvir e alguém gemeu... Aiiiiiii minha cabeça!  Eu preocupada perguntei:O que foi isso? Ninguém respondeu... Corri para ver o que aconteceu...Foi o meu neto, Marcos Jjúnior que gemeu. Vó, não se preocupe, não foi nada, foi só de raspão... Foi um susto, nada mais. Muito assustada, ainda insisti: Venha eu faço um curativo se for preciso. Vamos procurar ajuda. Logo... ouvi risadas e mais risadas..... RÀ...RÀ...RÀ... ! Eram as crianças que riam sem parar. Que loucura , estavam realmente felizes...
Amanheceu... Foi aí que terminou nosso acampamento. Que pena! Acabou  o que era doce.

Na verdade... Tudo aconteceu assim...
Todos queriam passar por uma experiência... Então meu filho e sua esposa, encontraram uma ótima solução e disse: “Que tal, acamparmos no terreno de minha mãe? Lá teremos água, banho à noite na piscina. Temos árvores frutíferas, árvores nativas e muito mato. Não é isso que queríamos? Temos alguém monitorando, enquanto dormimos; não correremos perigo de sermos atacados por animais selvagens.
E o tiro que ouvimos? Fica por conta da imaginação das crianças. Foi apenas uma goiaba madura, que caíra sobre a cabeça de Marcos Júnior e ele se assustou gritando e todos riram a valer..
E os animais? Bem...Os animais também ficam por conta da imaginação das crianças que tem uma imaginação muito fértil, bom para produzir uma boa redação; usando suas fantasias...E isso tudo...Essa felicidade toda, se passou no meu terreno e eu também tomei parte. Que carnaval maravilhoso! Até o próximo.

Os coiotes: São os ratos que de vez enquanto saem de suas tocas procurando alimento.
Os lobos: São os cachorros da rua que, apavorados com a bagunça das crianças uivavam sem parar...
As onças:São os gatos que subiam e desciam os muros da nossa divisão miando.
E  a cachoeira?Ah, a cachoeira...bem... é a piscina rá...rá...rá...rá...
            Agora , nosso elenco: Andreidson,Susana, Pedro, Camila, Filipe, Ludmila, Marco Júnior,Andréia, Mateus, Adriana, Marquinho, Androcles e Eu.






















A sombra


 Fiquei longas horas admirando uma árvore no meio do pasto
Que mesmo castigada pelo sol, exibia seu enorme tronco
Sustentado seus grossos galhos e largas folhas verdinhas com muito gosto
Sempre corajosa, exibia sua sombra como a uma enorme sombrinha
Autêntica e generosa.
Que bela sombra! Que belo gesto!
Que lição de vida!
Nada a fazia desistir, de tão nobre beleza!
O criador do mundo deu a ela o poder:
Encantar
Contagiar

Embriagar a quem quer que seja...
A quem quiser por ventura
Usufruir dessa imponente e majestosa árvore.
Que bela sombra ela dá...!!!!

A grande homenagem

Eu estava dormindo um sono gostoso e tranqüilo...logo comecei a caminhar... Senti que o chão por onde eu andava, começou a tremer, rompendo em um enorme buraco e eu cai....Ao cair... pude ouvir um barulhinho de água.  Olhei para trás e vi, uma cascata surgindo no meio do bosque; escorrendo ao longo do caminho por onde eu passava.As águas cristalinas espirrando gotículas por todos os lados ao bater nas pedras.
As borboletas sobrevoavam esse lugar, abrindo e fechando as asas, exibindo suas lindas asas coloridas...
Os pássaros cantavam, ao sabor da liberdade e pousavam nas flores as margens do riacho que se formava, a medida que escorria a água.
Os animais corriam pela relva verdinha, subindo e descendo os montes que a relva oferecia...
Os pirilampos acendiam e apagavam, suas lindas lanterninhas sem cessar...
As árvores sussurravam graciosamente, com um simples toque de galhos e folhas ao mesmo tempo, deixando algumas caírem pelo caminho, copando o solo, como um enorme tapete por onde eu passava...
Tudo era encantador...e eu sorria...
De repente...senti carregada por muitos números, em média de “zero a cem”. Eu pude notar com exatidão,que o “zero e o sete”se destacava mais, que os outros números. Estavam sempre resmungando, a medida que caminhavam. Quando o zero distanciava do sete,o sete o puxava corrigindo-o e assim iam...num corre-corre que fazia dó. Parecia que ambos, estavam preocupados com alguma coisa, muito especial.
O zero cansado de correr atrás do sete indagou:-Meu caro amigo número sete, perdoe-me a pergunta: Porquê tenho que estar sempre ao seu lado? E por que você quer que eu fique sempre...
Com muita tranqüilidade o sete respondeu:_Sabe por quê, meu caro amigo zero?É por que, temos que nos manter sempre juntos, na posição certa, na hora certa...e também,porque somos os números principais dessa história... Entendeu caro amigo zero? Se você ficar sempre do meu lado esquerdo, você sempre será um zero a esquerda, mas; se você ficar sempre do meu lado...
Você me completará e eu completarei você. Juntos nos completaremos; é o nosso segredo, por enquanto...Tudo bem? O zero entendeu e sorriu...e com alegria respondeu: Entendi meu amigo, a sua notável mensagem...
A noite se fazia dia...diante de tanta beleza, alegria e grande colaboração de todos enfim...
Os números se comunicavam...
A natureza correspondia...
Os pássaros cantavam...
A natureza sorria...
Tudo era contagiante. Tudo era pura magia e magia que entusiasmava.
Fui observando e me perguntando:
Por que tudo isso? É uma surpresa e para quem?
 Por que os números estão se reunindo?
Por que o número sete desentende tanto com o número zero?
O quê que a natureza tanto se manifesta?
E por que que eu estou assistindo tudo isso?
 Como fui parar aqui neste mundo mágico?
Mas...os números estavam me sondando e captou os meus pensamentos e em um só tom responderam:_Sabe minha cara, você também faz parte dessa história! Estamos felizes por estar aqui conosco; nesta singela comemoração...
Logo, o zero e o sete deram as mãos na posição certa, na hora certa e juntos formaram um coração e em uma só nota disseram sorrindo: “Assente se... e as flores se transformaram em um lindo banco em pleno bosque,e me assentei... Logo...um grande relógio por encanto, soou as doze badaladas. Eram exatamente meia noite em ponto.
Foram aproximando as árvores,pássaros,borboletas, pirilampos e todos animaizinhos do bosque.
Os números... os resmungões: o zero e o sete; com segurança e muita garra disseram: “A você nossa amiga, que sempre amou a natureza, que sempre nos cativou, pelo seu empenho de luta e sabedoria e sempre defendeu a natureza, aí no seu pequeno mundinho... Temos a honra de homenageá-la com uma canção linda, que você conhece e gosta muito.  Ouça: “-Fica sempre, um pouco de perfume, nas mãos que oferecem rosas, as mãos que sabem ser generosas...”
Feliz aniversário! Que Deus lhe dê saúde e que seja muito feliz !!
Pude observar que, alguns números que estavam conosco, desciam uma escada em ordem decrescente, cantando baixinho a mesma canção e estavam indo embora;á medida que desciam, sumiam como fumaça. Porquê?
Os dois, o zero e o sete, incontinente disseram: “Aqueles...? Aqueles...Ah! São os números de “sessenta e nove à um”. São os que já passaram em sua vida, não voltam nunca mais . Foi a sua história de vida . São história quando você era bebê, adolescente, estudante, casada, sua dor e seu relacionamento com seus cincos filhos; netos,bisneto. Foi uma linda história que você escreveu, e olha, que linda família! Que linda história de vida que você escreveu!
Eu mais uma vez perguntei: E aqueles números que estão subindo em ordem crescente cantando a mesma música ?  Os dois responderam com exatidão: Ah! Sim...Aqueles... são a história que você ainda não escreveu... São os números de “setenta e um a cem”..É outra história... Você vai desenrolar à medida que viver... Tudo bem?  Abaixei a cabeça e perguntei: Será que consigo chegar lá?
A todo vapor responderam: “Para Deus nada é impossível!”
Deram as mãos e foram subindo e desaparecendo como fumaça, deixando escrito no chão: “Parabéns pelo seu aniversário1 felicidades! Se cuide, heim!
Tudo foi sumindo em ordem decrescente...
Então eu acordei chorando, ouvindo a mesmo som de suas vozes ... sumindo...sumindo e eu disse baixinho: É por isso que cochichavam tanto. Não queriam que eu soubesse que estava completando setenta anos. Não queriam que o zero ficasse à direita do “sete” formando o número setenta. Que levadinhos  heim ? Me enganaram direitinho!Eu ainda disse chorando: Obrigada mãe natureza, obrigada pela pomposa homenagem, estou encantada! Nunca esquecerei de vocês. Adeus!  
Acordei... e me vi deitada na minha cama. Olhei para o lado direito e vi o espelho retangular, o criado mudo a minha frente o guarda roupa  ao meu lado esquerdo o crucifixo pregado na parede. Da minha cama pude ver pela fresta da cortina, a luz do dia surgindo em plena matina. Parecia que queria dizer: Felicidades senhora! Que tudo corra bem, como você deseja!  Levantei...Já recebendo felicitações as meus setenta anos de vida. Dos meus filhos, netos, genro e noras .