domingo, 16 de outubro de 2011

“O AMOR DE DEUS”

Escureceu...

Relâmpagos e trovões,rabiscam e fazem soar

Todo espaço no céu.

A chuva cai...

Pingos grossos caem sobre a terra, sugados implacavelmente

Pela terra seca, rachada pelo sol quente de verão...

Brota a esperança...

De uma terra fértil, prenunciando a vida

Que sorri de alegria.

A natureza mãe agradece...

De um jeito milagroso, fazendo brotar toda terra.

Copando o chão de verde e flores em matizes.

O vento sopra forte, sacudindo as folhas secas,que choram ao tocar o chão.

Toda natureza se fecha...

É Deus comunicando toda terra

O seu amor a humanidade.






 










































“PARTIDA”

Partiste...

Ora, tão cedo!

Sem ao menos nos avisar

Quem te viu partir?

Que te viu embarcar?

Somente o ocaso...bem sei.

Quantas saudades deixastes !

Que pena, tão jovem!!

Nossos corações abalados

Choram a sua partida...

És um anjo no meio dos anjos

Não sofres mais...

Não tem explicação, mas; sabemos

Que estas feliz neste lugar...

Neste mundo , longe de nosso convívio...

Agora sei o quanto eras importante para todos nós

No nosso meio, na nossa casa...

O espaço que ocupastes um dia

Não ficará vazio,
 tua imagem refletirá neste mesmo lugar...

A saudade nos fará sempre lembrar
que viverás sempre,
nos recantos mais profundos
do nosso planeta CORAÇÃO
Brilha no céu mais uma estrela...depois que você partiu...
Ocupastes um lugar aí no céu,quando partistes
Reserve também para mim quando eu aí chegar.











































“FORMIGAS CABIÇUDAS”


Olha só, que estradinha bonitinha
Estradinha tão certinha

Aqui nesse jardim...

São as formigas danadinhas, levadinhas

Cortam a grama com jeitinho, aqui nesse jardim

Elas cortam...cortam até mesmo sem cessar

Será quando vão parar?

Olha só que engraçadinhas

Cortam a grama tão certinha

Que pena, tão verdinha!!

Como ela vai ficar?

Tão peladinha, peladinha amarelinha

Será que ela vai brotar?

Mas, que peninha,ah, que peninha...!



“FLORES QUE COLHI UM DIA”

 Quantos sonhos que não realizaram, banidos pelo destino,
Desvanecendo como fumaça no ar...
Quantas lágrimas que secaram, antes mesmo de brotarem nos olhos...
Quantas saudades daninhas atormentaram meu coração...
Quantas palavras de conforto, desejei expressar,
Deixando-as aprisionadas na garganta...
Quantas sonhos lindos, desejei realizar, ficando estagnados nas asas
Da esperança, deixando-me a esperar...
Quantos segredos guardados, no baú do esquecimento, que podiam ser revelados...
Quantos perdões engasgados que podiam ser perdoados...
Quantas primaveras colhidas ao longo de minha vida...
Em plena estação da mocidade...
E agora... depois de tantos desencantos, vejo o outono aproximar, de mansinho
Sem piedade, podando as flores desbotadas que com dor...eu colhi um dia.


CONFUSÃO

Hoje o céu que age dentro de mim estremeceu, agitando cada molécula do meu sangue tornando-o confuso e descontrolado.
O meu comportamento todinho associado nesta grande confusão, deixando no meu cérebro, um emaranhado, pontilhando minha visão, tornando-a turva e molhada.
Não consigo controlar mais meus pensamentos, tudo escureceu...
Acho que o dia, não foi propício aos meus ideais... Sei que isso passará, como tudo passa.
Mas, deixa sempre um ponto de partida, para o que quiser, por ventura aparecer...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

“Acorda?”


Não fique aí dormindo
Nesta esteira de omissão
Arranque a prata desse espelho
Que lhe impede de enxergar
O outro lado dela...!
Acorda!
Tire a venda dos seus olhos
Deixe de “lavar as mãos como Pilatos”
Vê a fome desse mundo e a sede de justiça
Se espalhando por aí...
Acorda!
O tempo está se esgotando!
Descruze esses braços
E entre na barca da coragem
E vem comigo, vem remar!!
Acorda!
Sai do seu comodismo,do seu “eu” e sinta
A felicidade e a paz dominar seu coração
Veja como é bom assumir a realidade com devoção!
Acorda ! Acordou?AH, que bom!
Não foi difícil, foi!? Agora me dê a mão...
Juntos lutaremos pelo mesmo ideal, pela mesma causa.
Quem sabe, pelo mesmo caminho, encontraremos , outros personagens, que queiram caminhar conosco e lutar pela mesma causa:
Pela vida ... pela PAZ, pelo MUNDO.

“OUTONO DA VIDA”

Olho-me no espelho e o que vejo:
Minhas pálpebras cansadas contornando meus olhos
Quase sem vidas, sem esperanças.
Meu rosto enrugado, alinhando novos traços,
Que terei que me acostumar.
Meus cabelos crespos e esbranquiçados,
Nevando minha cabeça.
A pele, essa chora a umidade, que recebera na primavera
É o outono tomando posse do que seria dono um dia
Do meu delicado corpo que fora um dia...
Sopra...sopra forte, sem piedade, sem chance, de ouvir
Um grito, um gemido, sem lágrima sem um socorro
Os galhos tenros um dia

Agora feios e desajeitados.

“Aos meus queridos filhos”





Lamento partir assim de mãos vazias, sem nada para oferecer, quando partir, para outro lado da vida.
Lamento não ter passado para vocês, “tudo” do pouco que a vida me ensinou, durante minha estadia aqui na terra.
Lamento não ter colocado a minha compreensão, no lugar das inconvenientes “briguinhas”, quando corrigia vocês, a todo momento.
Lamento não ter sido, a mãe que vocês esperavam: meiga,carinhosa e com as qualidades e virtudes, que uma mãe deve ter, para com seus filhos.
 Lamento a falta de oportunidade que tive, de me preparar melhor, para “melhor”dialogar e compreender, a época e razão, quando assim o desejassem.
Lamento também, toda ignorância e impaciência, quando podia substituí-las com sabedoria e prudência.
Mas, tenho certeza, que a essência, do pouco que passei ,ficou guardado bem no fundo, dessa caixa-forte, que vocês tem aí, dentro do peito.Não foi em vão, que os humildes conselhos e exemplos, saíram de minha boca e meu comportamento.
Eu acho que foi o “jeitinho” de minha transmissão, que não saiu bem. Não foi essa minha intenção, podem acreditar... ela foi sincera. Só uma coisa nunca lamentarei, o amor que tenho por vocês é imensurável, é dimensional!! Eu os amo com toda minha alma e espírito.
Muito...muito...muito...

“NÃO SE DEIXE LEVAR...”

Surgiu a esperança de melhores dias.
Presença de paz e virtude
No meio de lobos vorazes
Cresceu no meio de uma sociedade injusta e pecaminosa
Onde crescem ervas daninhas
Esforçou-se pela liberdade, facilitando a beleza natural
De um jardim florido e bem cultivado.
Enfraquecendo-se, de orgulho e vaidade
Desobedecendo antigas normas preciosas
Que crê na felicidade de um amor verdadeiro.
Que pena, deixou morrer a semente cultivada!
Acreditando em um amor sem escrúpulo, sem futuro
Não se precavendo as manobras e ciladas, que por ventura
aparecem de repente sem você notar.
Afastou-se da raiz que lhe dera a vida, que rica em nutrientes
Para uma formação moral, espiritual e que quer lhe ver feliz.”

“SONHO E REALIDADE”

Não estou com sono, por isso, senti a tentação de escrever alguma coisa, que erguesse meu astral, no mais alto ponto e esquecer “tudo”que me faz escrava da vida.


Sei que não é fácil encarar a realidade, quando ela está na iminência de cair em pedaços espatifando-se no chão. No fundo, eu queria que caísse mesmo, em centenas de fragmentos, do tamanho de um grão de mostarda. As vezes, é bom viver de sonhos, ter esperanças de sempre alcançar, algo que almejamos muito; isto é: pensar no amanhã...


Mas, pensando bem... é bom também colocar os pés no chão e sentir o amargor que ele tem.


Vamos ver, misturando “tudo”


O bom e o ruim; qual será o seu gostinho?


O mel e o fel juntos, que gostinho que ficou?

“PARA QUE SERVEM OS PAIS AGORA?”



Nos dias de hoje, para que servem os pais? Só para gerarem filhos e dar continuidade a vida? Tenho certeza que não... eles servem para passar os valores espirituais, os valores da vida. Mas, acho que os jovens de hoje, esqueceram desse compromisso. Não precisam de pais para os conduzirem nesta escada vital. Perdeu o valor...As vezes ficam agressivos, não obedecem, não atendem e nem escutam os bons conselhos que tentamos lhes dar. E o que escutamos; só isso: “ isso é cafonice, já era, passado é passado... não cabem no nosso presente!!!! Nossa geração é outra. É tudo diferente.” E quando somos obrigados a ouvir suas grosserias? Parte o coração; e como são cruéis! É, talvez eles têm razão. Nosso mundo,não é o mundo deles, nem o deles é o nosso mundo. Sendo assim; não precisam mais de pais... Devem ser gerados do frio da proveta; são frios e calculistas. Da proveta, não precisam do amor e o calor de seus pais... Gerados do frio da proveta, embora sabendo que surgem do espermatozóides e óvulos de seus pais e principalmente, das mãos DIVINAS, que apesar de tudo têm um grande amor pela HUMANIDADE.

Filhos, o mundo de vocês, não é o mundo meu e de seu pai; nem o nosso é o de vocês.Queridos filhos, eu havia esquecido isso... mas, veja...

COMO É DURA A REALIDADE, CONCORDA!?





PARA MEUS FILHOS

Não poderia de modo algum, escrever para vocês separadamente, pois amo a todos com igualdade sem distinção.Vocês são para mim, uma jóia rara, que Deus me presenteou, ornando o meu coração de alegria e felicidade.
Sou feliz por poder contar com vocês sempre, nessa tribulação da vida... da nossa vida. Eu amo vocês, muito mesmo.
Que Deus os proteja e os ajude nesta caminhada... que vocês sejam sempre, esses filhos corajosos, destemidos, ante os problemas do cotidiano. Tenho certeza, que todos gostariam de possuírem filhos como vocês.
De sua mãe que ama estima a todos, de coração.





Escrevi isso quando fui operada de vesícula no Hospital Bom Pastor

“QUEM SABE...?”

Eu quero... mas, não posso.


Eu preciso...mas, não consigo.


Quero ser... mas, não sei como.


E como? Não quero ser.


Então, acordada.


Quero guardar boas lembranças


De você...



“DESPERTAR”



 Porquê despertar agora da solidão
Onde,tanto tempo fiquei adormecida?
Por quê agora...será ironia do destino??
Será que ele quer brincar comigo?
O que ele quer?
Ora, ouço a doce voz do passado
Como a um ímã, a todo instante
Controlando-me e reprovando-me “tudo” no papel de mulher...



Renúncia...devo me chamar assim...
Desde que nasci e me conheci como mulher,
sou uma pessoa triste e muito singular.
Será que devo assim me comportar
Ou devo ser, uma nova mulher...?

‘IMAGINAÇÃO”

É bom sonhar...
Com algo que não se acaba
Que não se cansa que não desintegra jamais.
É bom viver de sonhos, imaginação
Que ilumina a alma, que abre o coração
e o encha de alegria...
É bom incorporar no infinito, no insondável
E sentir como os astros, que giram e vão girando
Sem esperanças sem passado, sem futuro
Somente o presente se faz presente
Simplesmente, ocupando
O seu lugar no espaço.

“ENTRE NUVENS DE ALGODÃO”

Quero me esquecer...
Entre nuvens de algodão.
Sonhar com o impossível sem fazer objeção
Brincar de chicotinho queimado de esconde-esconde, amarelinha
Ao som de um violão.
Guardar o meus segredos, sonhos,
numa caixinha de som, dentro de uma bolinha
fofinha de algodão.
Gostaria de dançar a dança dos esquecidos,
Rodando sempre, sem me cansar
Sem me dá por vencida...
Quero ser a dama principal,num palco encantado
Como platéia só o espaço, imenso cor de anil
Sorrindo para mim
Sorrindo de emoção.

“QUE PENA!”



“ Um dia, Senhor...
Nesta terra o Senhor pisou.
E deixou suas tão sofridas pegadas, na esperança que um dia,
Alguém pudesse segui-las, dando continuidade o que começou.
Mas, debalde esperanças!

Ninguém, até hoje, em pleno século vinte, ninguém as enxergou...
Ou... fingiu não enxergá-las.
Para não carregar nos ombros, pelo ao menos, um pouquinho, o peso de sua cruz tão pesada!
Isso, para nos salvar do mal que causamos aos nossos irmãos.
Que linda lição nos deu!
Que gesto nobre!
E que loucura, morrer numa cruz!!
Para mim,Senhor, não foi em vão o seu exemplo de entrega.




Vou tentar segui-las também
Dê-me forças."

domingo, 9 de janeiro de 2011

“QUEM SERÁ?”


Quem é essa que afaga com carinho, o nosso pequeno corpinho, quando criança e com paciência de Jó , nos ensina os primeiros passinhos?
Quem é essa que participa de nossas criatividades escolares atentamente, sem descansar, educa nossa fé para nos ver bons cidadãos de amanhã?
Quem é essa que com prudência, corrige e perdoa os nossos erros sem se queixar? Que se despoja , se preocupando só conosco, sem enumerar as falhas?
Quem é essa, que permanece sempre sorrindo, ante os problemas da vida; que tudo vê, ouve, consola e perdoa, e que tudo faz para nos ver importantes no  mundo ?
QUEM SERÁ? 
    STA.CRUZ  SHOPPING .


“SOCORRO!!!FUI ROUBADO!!



 
Eu, estava atendendo um cliente, quando tocou o seu celular. Engraçado, parecia com o meu, quando percebi, que o meu, tinha sumido. Perguntei meio desconfiado...
_Não vai atender?
Senti que o cliente, tentou disfarçar ao máximo... Foi quando resolvi chamar a polícia...
Ora, não é que o maluco tinha roubado o meu celular?  Espertinho hem?    
                                                                                                Andreidson .  

Dia do meu aniversário

Mãe,
As vidas das pessoas sempre dependem das mãos divinas, para desenvolverem e sobreviverem, e estas mãos divinas pertencem às mães.
Suas mãos são divinas, carinhosas, corretoras, seguras.
Seu colo acolhedor, seu coração um espaço sempre aberto para a felicidade.
Hoje estamos todos aqui para recordar o que sempre fez por todos nós:
... Dedicar toda sua juventude e saúde para  seus filhos, que nem sempre sabem reconhecer seu valor.
...Aqui estamos para agradecer pela chama que nos deu, de sermos honestos e importantes. Tenho certeza que seremos um dia  competitivos na sociedade;
...E o mais importante,  é que a senhora nos permitiu sermos uma família unida e temente à Deus.
Ensinou-nos que os problemas se resolvem mais facilmente em grupo e que a família bem estruturada é uma família forte.
Pois você mãe, é o pilar principal desta família, que hoje vem mais uma vez lhe desejar  um feliz aniversário!
Sendo nosso presente o mais profundo respeito  para com a senhora.
Esperamos um dia, de alguma forma, poder retribuir a senhora, todo esse esforço pela vida. Obrigado pela nossa vida!

“SÓ”



Eu agora me vejo tão só, neste imenso casarão, acompanhada apenas, por numerosos pensamentos, que não me deixam dormir, ou  mesmo relaxar,para descansar um pouco.
Uma casa grande que fora povoada um dia, agora tão vazia. Sem conteúdo, sem razão.
Olho os quatro cantos da casa e vejo os objetos de cada um, falando de certa forma, alguma coisa para mim... e eu choro e entendo a voz de cada um através dos objetos : ora reclamando, ora pedindo alguma coisa...
Não ouço mais, o som do violão e o dueto lindo , das meninas; elas não sabiam, mas; eu as admirava muito... tudo acabou... Eles cresceram  eles mudaram. Cada um com seus problemas  cada um com seus ideais. Como  a vida exige de cada um...
Tudo quieto... nem mesmo os gritinhos de minha netinha, o barulho de seu velho velotrol ao redor da casa se ouve mais.
Ouço agora, o som e o barulho de meus chinelos, se arrastando o dia inteiro, pra lá e pra cá, parecem dizer alguma coisa a respeito: “não se apavore mulher eu estou com você, sempre, quer queira, quer não, vou estar sempre colado no seu pé”!  
O tempo passou muito rápido, não deu para perceber que estavam ficando mocinhos, donos dos seus próprios narizes.
Olho para trás e vejo seus passinhos inseguros...
Agora , tão autênticos, tão seguros.
Sinto-me agora como a terra produtiva, que tudo dá, tudo oferece, sem nunca esperar recompensa.
Como diz essa música: “Eu era feliz e não sabia...”

“REVENDO OS PASSOS QUE DEIXEI PARA TRÁS”





Olho para trás e vejo cada um de vocês, do jeitinho que eram,quando pequenos
Olho para trás e os vejo inseguros, apertando a minha mão, quando viam alguma coisa, pela primeira vez, sorrindo logo em seguida, quando já não oferecia nenhum perigo.
 Tudo estava bem...
Olho para trás e ouço a vozinha  de cada um,no quintal, quando faziam suas traquinagens, correndo a todo vapor. Subindo e descendo, balançando nas árvores, brincando de pique-esconde...
Olho para trás, e os vejo de pastinha na mão, de uniforme, apanhando o ônibus, ora a pé ora de ônibus. Sorridentes, iam para o colégio...
Olho para trás e vejo os boletins; as vezes ótimos , as vezes notas que aborreciam mas, que traziam felicidades no final do ano...
Olho para trás e os vejo, cada um tomando seu rumo, saindo do nosso convívio, de sua família, para construírem uma nova ...
Olho para trás e continuo ouvindo suas vozinhas, seus sorrisos , a alegria que vocês tiveram juntos  um dia, num mundo infantil, que nunca voltará jamais...
Porquê, a verdadeira felicidade da infância, deve morar sempre, no coração de cada um... a vida toda para que a saudade, não tome o lugar, onde só a felicidade deve morar sempre... sempre.

“Água benta”




Fomos convidados para uma festinha de aniversário de uma amiga. Todos da comunidade, inclusive três padres. Tudo bem...
Começou com uma dança esquisita, parecia candomblé. A aniversariante, com certa dificuldade devido à obesidade, começou a chamar a atenção de todos, tentando agradar aos seus convidados, com seus passos barulhentos, ela batia palmas quase no mesmo ritmo, para ritmar assim com o barulho dos pés.
Todos sentiram a sua alegria e sua esquisita dança desengonçada e ela sorria.
De repente ela parou e gritou:
_“vamos parar para bater palmas e cantar parabéns!”
Todos se posicionaram ao redor da mesa e rimos a valer...
 Quando a aniversariante foi cortar o bolo, um dos padres se aproximou, talvez por gostar tanto de doces, descuidou-se deixando cair “saliva” em cima do bolo.
Isso foi motivo de muitos risos e muitos risos...
A aniversariante vendo o acontecido e temendo que ninguém comesse o bolo, levantou o braço e o colocou sobre o ombro esquerdo do dito-cujo e disse:
_“ o senhor acaba de salivar o meu bolo de aniversário, e agora!? 
O padre muito sem graça, depressa falou bem alto:
_“ não se assustem, não é saliva, é ÁGUA BENTA”.
 Foi motivo de muitas gargalhadas.     
“Se a esperança é a última que morre, quero ser a última a morrer.”  

“BARBARIDADE”



Um dia cheguei na casa de minha amiga e vi seu esposo limpando e lavando um enorme tatu pendurado no varal. Tudo bem... ao ver o sangue do dito cujo, escorrendo pelo chão, fiz vômito e disse muito segura:
_Credo, nunca hei de comer carne de tatu, que nojo!! Olha, eu nunca comi carne de tatu e nunca hei de comer espero.
O esposo de minha amiga deu uma olhada e riu e disse com um tom zombeteiro:
_Não mesmo?
Eu disse segura:
_Não!
 Ele falou ainda mais e sorrindo.
_Você se lembra, quando você almoçou conosco?
_ Lembro-me...
 Então ele disse sorrindo:
_A carne que você comeu era de tatu e não de porco como dissemos. Era a garganta do dito-cujo que você comeu, prazerosamente, quer dizer: aquela cartilagem que você destrinchou! Eu dei um gemido e os vômitos recomeçaram, desta vez, trazendo tudo que estava dentro do estômago. Que horror!

SOM NA FOTOGRAFIA



Um rapaz e seus colegas juntam-se no pátio do quartel em que serviam as forças armadas, para tirarem algumas fotos de lembranças dos amigos.
O fotógrafo se posicionou e disse brincando:
_Atenção, olha o passarinho! Já vou tirar a foto!
Neste ínterim, alguém gritou com um tom zombeteiro, a um de seus colegas que mantinha o seu radinho de pilha ligado:
_ “Jorge, desliga o seu rádio, senão o som ; a música vai sair na fotografia.
 Ele mais que depressa, desligou se desculpando.
_“ É mesmo rapaz, não pensei nisso, que coisa!! Desculpe!
Imediatamente desligou o rádio, temendo mesmo que o som sairia nas fotografias...

Estou de greve



O rádio e televisão só falavam em greve: “greve dos professores, greve da DEMLURB, greve de posto de saúde”. Isso, o dia inteiro. Que coisa de louco!
 Um dia eu estava absorta nos meus pensamentos arrumando a cozinha quando parei para ouvir minha netinha cantando a música das CHIQUITITAS, cantava e dançava e como eu a admirava, era uma gracinha!
De repente ela parou de cantar e dançar. Olhei eu a vi assentada na cadeira, no meio da calçada, ao lado da calçada em frente da cozinha.
Eu perguntei:
_Filhotinha, porque parou de cantar, estou gostando, continue...?!
Ela com os braços cruzados respondeu um pouco mal humorada:
_ “Ora, estou de greve, não posso!?”
Eu assustei. Tão pequena e já sabia o que era greve, em que mundo nós estamos?
Em que PAÍS estamos?

“Que pássaro é esse”?



Todos os dias, bem na matina, acordo com um canto de um pássaro que me chama à atenção; ao lado de meu quarto. Parece que ele canta só para mim... Um canto bonito, suave e parece que quer chamar a minha atenção; não sei o seu nome, mas gostaria de saber; também nunca o vi e se o visse não saberia identificar.
Ele parece cantar mais o menos assim: “fiquei sozinho...sozinho...sozinho ...” e assim por diante.!
 Até hoje não sei o nome desse pássaro com esse canto maravilhoso. É um canto um pouco triste, pausado e parece realmente dizer alguma coisa. Eu abro a janela de meu quarto e o vejo de longe, observando pulando de galho em galho, pena que não enxergo muito para melhor identificá-lo. Cada dia que passa, eu me surpreendo e aumenta minha curiosidade; de conhecê-lo bem de pertinho. Parece entender minha intenção, ressabiado voou para bem longe, só voltando no dia seguinte de manhãzinha e dessa vez cantou triste.
Eu quis imitá-lo e cantei:
_Eu também fiquei sozinha...sozinha... sozinha...
Ele parecia entender e parou por alguns minutos e depois voou e nunca mais voltou. E eu chorei...

Ludmila


Ludmila, você ainda está sendo elaborada, pelas mãos de DEUS “ O nosso criador Onipotente, DEUS JAVÉ, Aquele que É e sempre Será em nossas vidas, o mestre de todas coisas e de todos seres” Dentro da barriga de sua mãe. E olha, quero lhe dizer uma coisa quando aqui chegar, que talvez não tenha coragem de dizer quando você aparecer neste mundo maravilhoso; por falta de tempo ou falta de coragem mesmo e sabe por quê? Por quê somos um pouco reservados, gostamos de guardar as coisas mais lindas, dentro de um cofrinho de carne, localizado no fundo do peito; esse cofrinho, tão perfeito tão sagrado ficam guardados, o que nos são tão caros : o amor o carinho,a verdade, a felicidade, fé e tudo que nos uni e nos levam para a verdadeira felicidade. O que sentimos por você Ludmila, está guardado e sacramentado aqui dentro desse peito que é tão frágil. Você já está fazendo parte desse tesouro.  Faltam um mês e alguns dias, não vai demorar. Aguarde, e logo estará em nosso meio, no nosso convívio. Vai ser muito bom estar com você. Pena que não lembrará, como foi ficar neste planetinha uterino durante nove meses... Fica no esquecimento...
Qual será o personagem, que você gostará mais quando aqui chegar, heim?
Tenho certeza que será o personagem que lhe dará seu alimento preferido.
Quem será? Claro?
É a mamãe e seu leitinho quentinho... no seu tempo e a hora que você quiser.
E o papai? Olha que adivinho... É o papai,com seu amor, carinho e muita paciência. Acertei?  

“SABIDINHA, HEM?”


Tenho uma netinha linda e eu a amo muito.É minha primeira neta, todos nós a tratamos com muito dengo. Logo ela cresceu e chegou o dia de participar da escolinha infantil. Era uma gracinha de calça vermelha e blusinha cinza com barrinha vermelha, mangas gola e cintura também. Todos os dias ela comentava sobre seus coleguinhas, eles levavam dinheiro para comprar pirulito e balas. E dizia:
_“Só elas levam, eu não!”
Bem... Eu não via necessidade para tal coisa, pois; já que ela levava merenda de casa, e eu fazia tudo para que ela não consumisse coisas doces. Apesar de pedir que lhe desse dinheiro... Mas, eu nunca lhe dei nem um centavo
Um dia, seu pai chegou rindo, após buscá-la da escolinha. Disse rindo:
_“ Imagina, que a Camila foi para a escola com a mãozinha fechada, e nada a fazia abrir ... Resolvi perguntar: “O que você segura Camila que sua mãozinha está tão suada!” Ela disse: nada pai!” Com muito custo resolveu abrir a mãozinha soltando água como uma biquinha...Lá estavam algumas moedinhas antigas. Assustado perguntei: “Para que isso docinho?”  Ela depressa respondeu: “É para comprar pirulitos e balas paizinho, o sr. não vai ficar bravo comigo !?” – Ele lhe disse com muita peninha... “Filhinha, é claro que não se deve fazer isso mas, não vou ficar zangado. Escuta filha, essas moedas não valem mais nada, são antigas, portanto, não dá para comprar nada,nada. Então ela lhe disse franzindo a testa: “Então pai, me dê moedas que valem a pena, não é paizinho!? Quero comprar as coisas como minhas amiguinhas,entendeu paizinho!?”
No dia seguinte, seu pai lhe deu algumas moedinhas, pra ela comprar o seu pirulito e balas, como suas coleguinhas. Que sabidinha hem!

“SAUDOSO PÉ DE AMÊNDOA”


Um homem plantou um pé de Amêndoa, bem em frente de minha casa. Eu o vi crescer e ficar árvore adulta. Logo deu seus primeiros frutos, mas; apesar de estar na rua, ninguém sentia curiosidade de apanhá-los. Sua sombra se espalhava ao longo da rua e muitas pessoas usufruíam dela, para descansarem, quando por ali passavam, escondendo-se do sol causticante de verão.
Um dia, sem piedade, alguém golpeou-a com um machado e suas horripilantes machadadas magoou-a muito.
Neste dia, eu a vi chorar...escorria um líquido grosso, que gotejava sem parar... Suas folhas que eram verdinhas, agora amarelas e sem vidas . Seu tronco que era viçoso, agora, virou  tora, lenha para fogão. Sua sombra já não existia mais... Que pena! Que covardia!
 Porquê fizeram isso?
Ela que tudo oferecia: beleza, sombra, frutos...
As folhas agora secas, gritam por socorro ao tocar ao chão. Ah, com tristeza eu assistia tudo, acompanhando, a sua decadência, e destruição! E a sua sombra? Que bela sombra ela oferecia, e como era aconchegante!!
Lembro-me ainda quando pequena, eu recitava inibida no colégio essas frases, que o saudoso autor Olavo Bilac escreveu:
“ AS FOLHAS JÁ FORAM VERDES HOJE SÃO VERMELHAS PARECE UMA CASA NOVA TODA COBERTA DE TELHA.”
Era também uma amendoeira.

“AUTOR PRINCIPAL”


Uma imensa arena, cercada de concreto, feio e sem vida ; onde pessoas se juntam para torcerem, sorrirem , se alegrarem emocionando a cada momento. Elas ficam ali, mesmo que chova, mesmo que percam, esperando pelo espetáculo,que ainda está por terminar. E o tempo ajuda, dando a arena o céu completamente os tons cinza escuro, azul celeste, branco-neve, que faz com que as pessoas fiquem mais inspiradas. Quanto aos artistas, estes esperam o momento de entrar no palco e nele, mostrarem sua mais dedicada arte .
São 22 artistas que correm atrás do autor principal. Ele sofre, é chutado, mas; quando faz a coisa certa, ele é beijado, é abraçado e chutado com carinho. Carinho este, que passa para todos da arena. A arena sombria e fria, se torna um local quente e aconchegante. O céu azul celeste... A torcida feliz e o mundo menos violento.
 A arena, não é uma arena. É o universo.
Os artistas não são artistas. São mágicos.
O céu, não é propriamente o céu. É a terra e o mar.
O autor principal torna-se esfera do mundo, onde se encontra a essência de um momento de felicidade.
E a torcida se torna neste momento, o maior protagonista da grande festa. (1994 Wastein.)

“Que Decepção!”


Um dia, uma senhora olhou para uma seta onde estava escrito: “PASSAGEM PARA PEDESTRE” Toda vez que passava por ali via a mesma frase e pensava: Onde será esse lugar, meu Deus do Céu?!  Passeavam por ali, duas adolescentes, que sorriam enquanto falavam.  Essa mesma senhora, olhou para a mesma seta; e resolveu perguntar:
_Meninas, desculpe perguntar, por favor, que ônibus devo embarcar para chegar a esse lugar!? Apontou para a seta e a leu em alta voz: Olha aqui, “PASSAGEM PARA PEDESTRE”
As meninas entreolharam e disseram no mesmo tom:
_ Para onde senhora?
 As meninas começaram a rir dizendo:
_ “Não minha senhora, não vai a lugar nenhum... Isso quer dizer que é lugar das pessoas passarem”
 A senhora envergonhada falou baixinho:
_Eu que pensei que ia para algum lugar, desculpe.     


CENA ENGRAÇADA


 Havia em uma cidade  do interior do Rio de Janeiro, uma mulher orgulhosa, má e invejosa. Não gostava que ninguém lhe dirigisse a palavra. Um dia, ela apareceu vestida de veludo vermelho ,sapatos altos, também vermelhos e muitas jóias. Subiu as escadas da igreja, para evidentemente, assistir a missa do domingo. Entrou convencida, que estava sendo notada por todos. Ela assentou-se num banco ,ao lado de uma pilastra.Encostou-se de lado, ficando na mesma posição, empinada até o término do sermão do dia.
Uma lagartixa veio descendo... descendo, até chegar nos seus ombros. A lagartixa, rodopiou... pra lá e pra cá e de cá pra lá, sassaricando suas costas e ombros; entrelaçando com a cauda em  seus cabelos enormes(cabelos anelados) .Como sua roupa era grossa, não sentia a dita cuja , bagunçar a suas costas. Eu tudo via, mas; temia lhe dirigir a palavra. Então, eu agi assim: eu pedi a um senhor que estava a minha frente, que pedisse a uma senhora a sua frente, para pedir a criança que estava ao seu lado e falar sobre a lagartixa que estava em suas costas.
A criança não sabia da fúria da mulher por tanto, disse calmamente:
_“senhora...senhora! Não se assuste... tem uma lagartixa sobre seus ombros!”
A senhora espantou-se dizendo em alta voz:
_O quê? O que você disse menino? 
O menino amedrontou com tom de voz alterado com que ela lhe falava; começou a soletrar de medo:
_“Tem uma La...gar...ti...xa ,em seus om...bros, se...nhora!”
Ela deu um grito desesperado, chamando atenção de todos dentro da igreja. Levantou-se depressa dizendo palavrões se escabelando-se toda.
 Finalmente conseguiu desabotoar o pesado casaco; ou melhor, o pesado vestido de veludo, jogando-o bem longe, ficando semi-nua , dentro do templo. Acho que ela não havia percebido que estava quase nua... Caso contrário, teria corrido para sacristia. Ficou muito assustada, olhando para o povo, que assistia a missa. Assistia a missa? Como? O vestido, ironicamente foi cair sobre a cabeça do sacerdote de tanto que sacudia.... O padre parou o sermão por alguns minutos, até ficar livre do pobre bichinho que também estava assustado.
O povo parou, olhando aquela cena engraçada. Quando se deu conta que estava só de combinação, diante do povo e o padre, ela não sabia onde se esconder...
Eu morria de rir... Eu bem que gostei, dessa cena ridícula...  Pronto!
A missa terminou... Foi aí, que parei para refletir... Que missa assisti, fiquei o tempo todo observando a mulher, enumerando tudo que estava acontecendo: o que vestia,o seu jeito de esbravejar, que sacrilégio!
Tudo bem... Ao chegar em casa, minha mãe como de costume, perguntou-me:
_ “Filha, o que entendeu do sermão de hoje?”
Eu, lembrando do acontecido, comecei a rir dando gargalhada... Minha mãe, sem nada entender disse seriamente:
_“A missa foi tão engraçada filha?”
E tentava explicar,mas; não conseguia... Sempre ria, quando começava a falar. Mesmo assim, não desanimava.
_Mãe, a lagartixa desceu a pilastra, subiu na mulher e tibum! Foi parar na batina do padre; que caiu no chão, fazendo tibum! Aí, a missa acabou...
Minha mãe entendeu bulhufas, do que eu falava. Muito zangada disse:
_ “ Isso é modo de falar das coisas de Deus, menina; sua engraçadinha!! Pelo meu modo de entender, você não assistiu uma missa; assistiu um espetáculo de circo!! Que mundo que nós estamos, meu Deus?”
Eu respondi prontamente:
_ É quase isso mamãe!
 Minha mãe, deu um grito: “Credo em cruz!”
Até hoje, lembro-me dessa cena e começo a rir...