vó Glorinha
"TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE."
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
“TÃO NOVINHO E TÃO SÓ...”
Dona Quirina tinha os
ouvidos muito aguçados e era muito observadora.Um dia ela ouviu um
barulho,no meio dos carvões, vindo de um velho fogão à lenha, que
ficava do lado de fora da casa onde morava. De mansinho, foi ver o
que era. Pé ante pé viu uma cena muito engraçada. Um filhotinho
de rato tão minguadinho, que fazia dó. Pretinho e arrepiado,
parecia que estava com muita fome, e não sabia onde procurar
alimento.
Neste
fogão velho, dona Quirina havia colocado um bule, que por sinal
era muito bonito, de boca para baixo; por tanto, o bico ficava
dentro da trempe do fogão. Coitado! Quando sentiu que alguém o
observava, correu com bastante dificuldade, apesar de ser rato.
Entrou no bico do bule, que apesar de ser largo, ele fazia um
“zigue-zague”estreitando até o centro ...Pronto, ficou
entalado. Lutou, relutou,tentando se libertar e sair do outro
lado...Ficou com o seu enorme rabinho balançando pra lá e pra cá,
na esperança de libertar e prosseguir sua caminhada até o final do
bule. Tudo em vão...Enfim...se cansou ou...a forca do zigue-zague o
asfixiou.
D. Quirina, mais que
depressa, foi tentar salvar o pobre do bichinho que agonizava sem
parar, mas.como salvá-lo? Olhou para uma cavadeira que estava bem
perto dela e...CRAU no bule...
O golpe foi tão forte
que...o bule quebrou mas, o bico ficou intacto, exatamente onde sua
cabecinha estava entalada.
O golpe foi tão fatal
que coitado, parou de respirar, soltando excremento, a medida que
parava de respirar.
Morreria de todo
jeito, saindo ou ficando dentro do bico do bule...
Já estava
enforcado...pobrezinho! Que destino trágico! Não sabia se virar
sozinho, por ser tão novinho e sem ninguém de sua espécie, para
lhe ensinar a caçar e sobreviver. Que destino triste.
AIROLG. 2009 -PAULO
GARCIA
“A RATOEIRA”
É engraçada a nossa
vida...E a dos animais irracionais também.
Veja bem... Tem um
enorme buraco no muro, ao lado de nossa casa. Por muito que
tampemos, com areia e cimento, ele está sempre aberto. São os
ratos. Não sei de onde vêm nem pra onde vão mas estão sempre
andando por ai.Não dão sossego.
Imagina...Conseguimos
eliminar muitos e eram enormes. Tudo bem...Ficamos sem a presença
deles um tempão, chegamos à acreditar que eles tinham sumido para
sempre. Que ironia da vida!
Logo, apareceram três
ratinhos bebês.Um entrou no quarto de meu filho e foi eliminado. O
outro, subiu no fogão. Como o fogão estava próximo da pia, ele
desceu pelo o fio, fazendo malabarismo, como um verdadeiro macaquinho
descendo em um galho de árvore.
Os três além de serem
pretinhos, assemelhavam a um porco espinho, todo espetadinho e muito
minguadinho, por serem talvez, tão novinhos.
Um dia, armei a
ratoeira e fui lavar a louça e ouvi um barulho e o que vi, me doeu
muito.
O ratinho,ao ver um
pedaço de queijo na ratoeira, foi correndo para tirá-lo pensando:
“Ôba! Que petisco! Faminto como estava, não perdeu tempo. Que
azar...Mas...um pardalzinho inocentemente bicou-o primeiro, deixando
o ratinho constrangido, por ser vencido pelo pardalzinho. Mas, o
pardalzinho coitado,levou a pior...ficou preso no lugar. Que
lástima!. Ele ficou se debatendo tanto, ferindo o pescoço e caindo
suas peninhas. Dava pena sua agonia.Por muito que quisesse,não
sairia da guilhotina.
Corri para tirá-lo
daquela situação, mas...ao sair, já não se movia mais.Ficou
durante horas sem movimento.Coitado! Que situação inesperada!
Anoiteceu...gatos
famintos apareceram por todos os lados e para que eles não
achassem o agonizante pardalzinho, eu o escondi por entre as plantas
e também para que ele se recuperasse do susto que a vida lhe
pregara. Hum...que agonia!
No outro dia, lá
estava ele, no mesmo lugar na mesma posição,com o pescoço virado
de um lado só. Não se alimentava, tão pouco bebia água que meu
filho lhe dava. Dava pena ver o bichinho assim...
No dia seguinte,
conversei com ele dizendo: “Pardalzinho, saia daqui, vá para bem
longe e só volta quando estiver bem, se não quiser ser comido pelos
gatos que estão sempre a espera de algum bom petisco. Parecia que
entendeu direitinho a minha mensagem. Saiu voando esbarrando em tudo,
com bastante dificudade, pousando no pé e acerola.
Tudo bem...Os dias
foram passando e eu ficava na esperança de vê-lo comendo no
terreiro. Até que um dia, um pardalzinho, apareceu no terreiro,
tentando pegar um grãozinho de alguma coisa no chão. E eu falei: “
olha ele aí, olá, como vai você!!?” Você se lembra de mim? Não
vá cair na guilhotina de novo ouviu? Ele saiu voando com a cabecinha
virada para um lado só. E eu disse aínda...Olhe pardalzinho,
procure um ortopedista para colocar seu pescoço no lugar,ouviu!?
E não se esqueça de
mim AIROLG S. D.
“QUE SUSTO!”
Eu
estava entretida fazendo almôndegas para o almoço de domingo,
quando de repente, fui surpreendida sorrateiramente, por um indivíduo
dentro de minha cozinha dizendo bem baixinho ao pé de meu ouvido:
“Não grite...estou armado!” Senti algo apertando minhas costas,
na altura do coração. Nossa! Naquele momento senti sem
chão...Mas,tentei me controlar, me mantendo calma, mesmo com as
pernas bambinhas.Naquele momento, chamei meu filho, como ele
estivesse ali, bem pertinho de mim e eu disse: “Corre...Venha
rápido!!Um homem entrou na cozinha e está armado e aponta pra mim!
Depressa venha logo, corre!!!
O
homem na ânsia de correr sem ser visto e reconhecido,ao
virar,esbarrou os braços em mim e eu cambaleei, aproveitei o embalo
e o empurrei para fora da cozinha e fechei a porta a chave e corri
para a sala apavorada, pedir socorro.
Quando
abri a porta da sala, foi grande o meu espanto: minha filha e seu
filho tinha acabado de chegar do mercado.Dei graças a Deus! Logo,
comecei a soluçar e tremia tanto que parecia batucada. Foi naquele
momento que “acordei do susto”.Com muita dificuldade, tentei
falar alguma coisa mas, não saía nada, mesmo que tentasse ninguém
entenderia...
Logo,
minha filha acionou a polìcia, que chegou dentro de dez minutos.
Todos falavam, menos eu , que muito apavorada, só batia os dentes.
Meus
filhos, apesar de estarem distantes,ao saberem do ocorrido, chegaram
logo, apavorados .
Tudo
terminou...mas, a tensão nervosa ficou...
A
lembrança nunca sairá da minha cabeça.Espero que isso nunca
aconteça com ninguém.É uma sensação horrível.
AIROLG Dia 04-08-2013-Domingo
Lá vem o trem...
Fazendo um barulhinho
Subindo o morro,
cortando a serra
Estou cansado subindo a
serra (duas vezes)
Choc...Choc...Choc...Choc...!!!
Lá vem o trem...
Jogando carvão pela
estrada
Soltando fumaça por
onde passa
Descendo a serra
desanimado
Café com pão manteiga
não (duas vezes)
Piuí...Piuí...Piuì...
Hora apòs hora ele
apita
Lembrando a todos que
està passando
Vem soltando fumaça
Com seu barulho
intermitente
Gingando ao passar nas
curvas
Hum... não sei porque
nas curvas ele não cai
(duas vezes)
Chuiiii...Chuiiii...Chuiiii...Chuiiii...
Descarregando...
Ai que saudade do meu
tempo de criança!
AIROLG.
Assinar:
Postagens (Atom)