domingo, 9 de janeiro de 2011

“SAUDOSO PÉ DE AMÊNDOA”


Um homem plantou um pé de Amêndoa, bem em frente de minha casa. Eu o vi crescer e ficar árvore adulta. Logo deu seus primeiros frutos, mas; apesar de estar na rua, ninguém sentia curiosidade de apanhá-los. Sua sombra se espalhava ao longo da rua e muitas pessoas usufruíam dela, para descansarem, quando por ali passavam, escondendo-se do sol causticante de verão.
Um dia, sem piedade, alguém golpeou-a com um machado e suas horripilantes machadadas magoou-a muito.
Neste dia, eu a vi chorar...escorria um líquido grosso, que gotejava sem parar... Suas folhas que eram verdinhas, agora amarelas e sem vidas . Seu tronco que era viçoso, agora, virou  tora, lenha para fogão. Sua sombra já não existia mais... Que pena! Que covardia!
 Porquê fizeram isso?
Ela que tudo oferecia: beleza, sombra, frutos...
As folhas agora secas, gritam por socorro ao tocar ao chão. Ah, com tristeza eu assistia tudo, acompanhando, a sua decadência, e destruição! E a sua sombra? Que bela sombra ela oferecia, e como era aconchegante!!
Lembro-me ainda quando pequena, eu recitava inibida no colégio essas frases, que o saudoso autor Olavo Bilac escreveu:
“ AS FOLHAS JÁ FORAM VERDES HOJE SÃO VERMELHAS PARECE UMA CASA NOVA TODA COBERTA DE TELHA.”
Era também uma amendoeira.

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