domingo, 2 de janeiro de 2011

A FORMIGA E O BESOURO


A formiga queria prosseguir o seu caminho, pois tinha muito trabalho a fazer. Mas, o caminho estava  interditado por um enorme besouro, que tentava  se virar a todo custo, mas não conseguia. Coitado, estava de costas!
A formiga levava uma folhinha nas costas. Ela parou, deixou sua folhinha no chão, arregaçou suas manguinhas e disse apressada:
_Ah, coitado, que posição!!
Segurou numa das perninhas do besouro, tentando puxá-lo; não deu certo. Era muito pesado. Pegou a parte traseira ; nada. Não deu resultado . Foi tudo inútil, que pena!  A formiga assentou-se na beira do barranco e ficou a pensar... “ Como tirar o besouro daquela situação?” Depois de muito pensar, decidiu,
_Vou-me embora!
Pegou a folhinha que havia deixado no chão , colocou-a nas costas e subiu sobre o abdômen do besouro e ... Atravessou a estrada. Ao atravessar o seu abdômen a folhinha  caiu bem em cima do nariz do besouro , que começou a espirrar, sem parar ...
O besouro deu um agudo gemido, levantando-se , saindo da estrada . O solavanco e o cheiro da folhinha , forçaram a virada do dito- cujo, do meio da dita estrada. O cheiro era muito forte  e o besouro não parava de espirrar. E quanto mais espirrava, mais vontade aparecia... Uma vez virado, quis correr do cheiro, que exalava por todo campo ...
 Ao correr, tropeçou na mesma folhinha , que triplicou o jeito de espirrar. Era muito forte ... O besouro, muito espantado com os espirros , correu para pegar a folhinha, não para si, mas, para dar cabo da mesma ; jogá-la bem distante, ou queimá-la ... Enfim, consumir a dita folha.
A formiga vendo o besouro ir de encontro a folha, imaginou que a folha o interessasse. Correu, dando um pulo e a pegou  primeiro, dizendo muito zangada:
_ “ Cai fora besouro, custei trazê-la até aqui e agora quer me roubá-la!? Vá trabalhar seu tolo, porque essa é minha! Quer tudo de mãos beijadas, hem, seu espertinho?
O besouro entendeu bulhufas, saiu correndo pela estrada afora e está correndo até hoje. Mas não de medo da formiga ; mas, do cheiro forte da folhinha.
Moral: A folha era de fumo e o sol quente de verão, fez com que ela exalasse um cheiro insuportável. Que horror!

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