domingo, 9 de janeiro de 2011

“SÓ”



Eu agora me vejo tão só, neste imenso casarão, acompanhada apenas, por numerosos pensamentos, que não me deixam dormir, ou  mesmo relaxar,para descansar um pouco.
Uma casa grande que fora povoada um dia, agora tão vazia. Sem conteúdo, sem razão.
Olho os quatro cantos da casa e vejo os objetos de cada um, falando de certa forma, alguma coisa para mim... e eu choro e entendo a voz de cada um através dos objetos : ora reclamando, ora pedindo alguma coisa...
Não ouço mais, o som do violão e o dueto lindo , das meninas; elas não sabiam, mas; eu as admirava muito... tudo acabou... Eles cresceram  eles mudaram. Cada um com seus problemas  cada um com seus ideais. Como  a vida exige de cada um...
Tudo quieto... nem mesmo os gritinhos de minha netinha, o barulho de seu velho velotrol ao redor da casa se ouve mais.
Ouço agora, o som e o barulho de meus chinelos, se arrastando o dia inteiro, pra lá e pra cá, parecem dizer alguma coisa a respeito: “não se apavore mulher eu estou com você, sempre, quer queira, quer não, vou estar sempre colado no seu pé”!  
O tempo passou muito rápido, não deu para perceber que estavam ficando mocinhos, donos dos seus próprios narizes.
Olho para trás e vejo seus passinhos inseguros...
Agora , tão autênticos, tão seguros.
Sinto-me agora como a terra produtiva, que tudo dá, tudo oferece, sem nunca esperar recompensa.
Como diz essa música: “Eu era feliz e não sabia...”

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