quinta-feira, 14 de abril de 2011

“OUTONO DA VIDA”

Olho-me no espelho e o que vejo:
Minhas pálpebras cansadas contornando meus olhos
Quase sem vidas, sem esperanças.
Meu rosto enrugado, alinhando novos traços,
Que terei que me acostumar.
Meus cabelos crespos e esbranquiçados,
Nevando minha cabeça.
A pele, essa chora a umidade, que recebera na primavera
É o outono tomando posse do que seria dono um dia
Do meu delicado corpo que fora um dia...
Sopra...sopra forte, sem piedade, sem chance, de ouvir
Um grito, um gemido, sem lágrima sem um socorro
Os galhos tenros um dia

Agora feios e desajeitados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário