Era uma vez, uma abelhinhaQue muito cedo quis trabalhar
Levantou-se bem cedinho
E começou a se arrumar.
Colocou seu vestido rendado
Colocou seu sapatinho vermelho
Passou batom, e com a tiracolo do lado
Sorriu diante do espelho
Voou ... voou, com os olhos atentos
Ao longe enfim avistou:
Canteiros floridos convidativos
Que neles , sem vacilar pousou.
E agora? Como começar?
No meio de tantas flores
Sinto medo de falhar!
Tudo bem ... Começo por aqui...
Muito feliz ela ficou...
Pensando nesse lugar encontrar
O ponto de partida
Para começar a trabalhar.
Pousa aqui, pousa ali ...
... Pousa em toda flor.
Sem êxito nenhum encontrar
O perfume que era bom.
Não encontrou. Que horror!
Enfim, parou para descansar...
Numa pequena pétala de flor,
Deitou-se para relaxar
Cruzou suas finas perninhas
Deixando-as no ar a balançar.
Chorou ... chorou...
... Chorou sem parar.
E seus sonhos, que pena!
Se perderam, como fumaça no ar.
Até que um de seus sapatinhos
Foi cair por coincidência
Na cabeça de Dr. Abelhud.
Médico conhecido da redondeza
Que observou o lugar com prudência.
Olhou para cima e o que vê?
A pequena abelhinha, porque será
Que lá em cima ela está ???
Ao ver o Dr. Abelhud
Começou a chorar...
Oh, doutor! É o senhor mesmo,
Que vai-me essa doença curar!
Imagina ... Estou doente !
Muito doentinha...!
Não sinto o perfume das flores.
Não sinto o perfume das flores.
Veja só minha carinha...
“Nem mesmo sinto dos frutos os seus sabores”!
Reconhecendo a abelhinha perguntou:
Porque chora pequenina ?
Pra “tudo” , dá-se um jeito!
Desça aqui, venha me explicar.
Talvez seja esse sol quente
Que a faz (você) delirar.
Sabe inocente abelhinha,
Que essa flores são artificiais
É impossível o néctar delas tirar
E o seu perfume, jamais sentirá ?!
Confusa ela respondeu:
Não senhor eu não sabia...
Dr. Abelhud apanhou uma flor
Natural , e a deu para cheirar
E bem depressa entendeu
Sem precisar perguntar.
Ao cheira exclamou:
Que perfume delicioso!
Que bom, doutor ... Funcionou!
O senhor é maravilhoso;
Consulta não foi preciso,
O senhor adivinhou !
Muito feliz ela ficou
O sorriso recomeçou...
Movimentou suas asinhas
Tocou suas anteninhas
Andou alguns passinhos
E em seguida , lá para cima ela voou.
Lá de cima ela gritou:
Obrigada Dr. Abelhud!
Não preciso mais chorar...
Estou perita no assunto.Nunca mais vou-me enganar.
Lá de baixo ele sorriu ....
Balançou a cabeça, tirou os óculos
Um soluço, ele engoliu ...
Emocionado, com seu botões ele pensou:
Coitadinha, tão inexperiente !!!
Ela pensou que a curei ...
Como pode querer trabalhar?
Tão pequena! De conteúdo tão ausente!
Oh ! Que cena comovente... !
Airolg
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