quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

“O Fim de três Ratinhos Indefesos”



Levantei-me cedo e fui como sempre, buscar o pão e o leite na padaria. Ao chegar, assim que atravessei o portão, ouvi um fuziê, que deixou-me assustada. As portas batiam, parede parecia tremer com repetidas batidas e passos frenéticos ... Eu perguntei:Que barulho é esse? Minha filha respondeu quase sem fôlego: Mãe, tem uma ratazana aqui, debaixo do balcão do tanque! E eu depressa corri para ajudá-la . Corro daqui, corro de lá e nada. A ratazana era veloz, nada a fazia parar, estava furiosa, investindo em todos que corriam atrás dela.  Resolvi vasculhar o terreiro na esperança de encontrar outros e o que presenciei deixou-me atônita : Três ratazaninhas debaixo de três gargalhos de garrafas de cerveja que estavam no chão . Bateu-me uma tristeza incontida, não tive coragem de tira-los de seu aconchego, estavam ofegantes, com o bumbum de fora ; só a cabecinha escondida, acreditando estavam bem protegidos e ninguém os achasse  daquele jeito. Coitadinhos, que posição!! É por isso que a ratazana- mãe, ficou super violenta, não deixando-se aprisionar 
Queria  ver  e proteger seus filhotes a todo custo o então alimentá-los. Minha filha, logo que os viu disse horrorizada: Mate-os mãe! Se eles crescerem, certamente nos prejudicarão; trazendo doenças: A peste bubônica . Confesso, não tive coragem, eram três bebês-ratos...
Procurei alguém que os tirassem de lá . Logo uma mulher prontificou-se e ... com uma pá de pedreiro deu-lhe uma ... e Crauuu!  Os três bebês ratos deram um gemido e sangue esguinhou-se pelos quatro cantos da parede.
Que sina é a do rato, não? E que perseguição...

Nenhum comentário:

Postar um comentário