quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

“Que saudades”- Bela assimilação.



O dia estava claro e bonito, quando minha filha saiu para trabalhar, deixando sua filhinha, ainda de colo com seu pai. Claro! Ela já sabia andar com alguma segurança, mas; por algum motivo, ela deixou de dar seus passinhos firmes no chão, preferindo assim, andar sobre a cama de sua mãe ou dentro de seu cercadinho, que era bem macio, com certeza. Achava-se mais segura de si agindo desse jeito. Corria pra lá e pra cá, “tão segura” como andar firme no chão.   À tarde, seu pai costumava dar uma volta pela praça, que ficava a alguns metros de sua casa. Todo orgulhoso ele passeava com a sua linda filhinha nos braços, depois de um dia fatigado de muito trabalho e atenção. Ele olhou no relógio e disse á sua filhinha: Está na hora de sua mãe chegar! Vamos esperá-la, daqui a pouquinho, ela descerá do ônibus e você poderá matar a saudade de longas horas de separação...  
            Tudo bem... O ônibus finalmente apareceu e seus olhinhos fitos nele, nem piscavam, pois não via a hora de rever sua mãe descer do ônibus e poder sair correndo e sufocá-la de beijos.  Mas,quando a viu atravessando a rua, ela não pode conter a emoção; não sabia se descia do colo de seu pai, para correr ao encontro dela, ou se Corria do lado oposto.
Então ela agiu mais ou menos: saiu correndo sim... Mas nos braços de seu pai, como tivesse realmente correndo no chão a todo vapor; esticando os bracinhos, como tivesse apertando-a. Não sei como foi possível, o modo com que ela encontrou assimilar os movimentos de suas perninhas, controlando seus passinhos, como tivesse correndo, ao encontro de sua mãe.
É saudade demais... Não é bonequinha?

Nenhum comentário:

Postar um comentário