Quando as rugas marcarem o meu rosto todo.
Quando a luta da vida deixar minhas mãos calejadas.
Quando os meus cabelos negros, ficarem cobertos de nuvens de algodão da velhice.
Quando as pedradas do dia-a-dia, ferirem meu coração.
Quando meus olhos cansados deixarem de brilhar.
Quando minha voz enfraquecida, rouca da velhice, deixar de falar.
Quando as veias do meu corpo, deixar de circular, o meu precioso sangue.
Quando meus ouvidos deixarem de ouvir o gorjeio dos pássaros e o vento soprar.
Quando meus caminhos ficarem pedregulhados, difíceis de caminhar.
Mesmo esquecida pelos parentes e amigos, que tanto amo.
Quando meus filhos me renegarem, pelo meu fraquejo.
Quando a morte me surpreender no sono
Mesmo assim...
Quero dizer balbuciando:
Minha fé, Senhor, continua intacta.
Obrigada por conceder-me a vida.
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